terça-feira, 23 de junho de 2009

LEMBRANÇAS DE UMA VIDA COMUM 2

LEMBRANÇAS DE UMA VIDA COMUM
Ou 'Como acabar com a sua pose de durão em 20 capítulos'.

CAPÍTULO 2: Minha relação com Deus.

Aproveito a Sexta-Feira Santa para falar sobre a minha relação com Deus. Sou de família católica, mas nunca fui praticante das doutrinas dessa religião. Vivo cometendo meus pecados e não consegui seguir oito dos dez mandamentos.

Só costumo recorrer mesmo à Ele quando tenho problemas e, confesso, já o culpei inúmeras vezes pelos meus problemas. Inúmeras.

Não sou lá um homem de muita fé, devo dizer.

Até fui à igreja algumas vezes, assim como fui outras em templos evangélicos com a Paula, minha "ex-noiva". O primeiro achei chato e sonolento. O segundo achei engraçado, mas um pouco teatral demais para a minha cabeça.

A bem da verdade é que não tenho saco pra ficar sentado horas, ouvindo o que eles têm a dizer.

Minha relação com as religiões são (quase) nulas. Acho importante acreditar em alguma coisa, respeito quem acredita, mas não me sinto na obrigação de segui-lo.

Na boa, acho que gosto mais das representações feitas por Da Vinci, Rembrandt, Michelangelo, Raffaello Sanzio, El Greco, Ciseri e tantos outros do que as inúmeras 'leis' escritas e seguidas por homens há séculos.

Acho a história fascinante, mas nunca me toquei o suficiente para tomá-la como verdadeira.

Entendam, algo é responsável por tudo o que nos rodeia. Nisso eu acredito. Não há como tudo isso ter surgido do nada, sem explicação.

A verdade é que não sabemos nada sobre nada. A ciência jamais vai explicar 99,99% das coisas que existem. É por essas e outras que eu acredito na existência de 'algo' realmente poderoso. É pra esse 'algo' que eu rezo. É com esse 'algo' que eu converso.

O chamo de Deus por mero costume familiar, mas não acredito que ele seja luz, tenha barba ou qualquer coisa que o valha. Apenas... existe.

Neste momento específico da minha vida eu teria razões de sobra para achar que o Deus vingativo, que deixa o filho sofrer e que vê tantas coisas ruins no mundo e não faz nada é o responsável por minha má-fase.

No entanto, no fundo, prefiro acreditar no Deus misericordioso, que está me purificando, tirando coisas importantes de mim para me recompensar no futuro pelo meu bom comportamento.

Infantil, né? Às vezes acho também... mas é no que acredito.

Queria que as coisas fossem mais simples. Que esse Deus visse as coisas que fiz e trouxesse de volta a minha felicidade. Mas ele não o fará.

Vou continuar com meu caráter e postura e vamos ver o que o futuro me reserva.

São Paulo, 10 de Abril de 2009. 21 dias e contando.

Nenhum comentário: