terça-feira, 23 de junho de 2009

LEMBRANÇAS DE UMA VIDA COMUM 12

LEMBRANÇAS DE UMA VIDA COMUM
Ou 'Como acabar com a sua pose de durão em 20 capítulos'.

CAPÍTULO 12: BROTHERHOOD.

Hoje é aniversário do Léo, meu irmão. Quero aproveitar para falar sobre ele e minhas irmãs, parte significativa da minha vida.

Irmão é um troço que não dá pra escolher, não é mesmo? Às vezes recebemos coisas boas, às vezes coisas ruins, mas de qualquer forma não dá pra se desfazer depois. Ele ou ela será seu irmão(ã) para sempre. Eu tive a sorte de receber só pessoas boas como irmãos.

A minha mãe, danada, casou duas vezes. Do primeiro casamento surgiu esse que vos escreve. Do segundo, Rosângela, Rosineide e Wellington. Além disso, o meu pai casou de novo e teve Lívia, minha outra irmã. Sobre os três primeiros eu falo agora, mas como não conheço a Lívia, não terei como falar sobre ela. Me desculpe, anjo.

Rosângela, a Rô, foi a primeira a chegar, quase três anos depois que nasci. Nos conhecemos já pré-adolescentes, mas só viemos a criar vínculo como irmãos quando vim para São Paulo. Menina maluquinha, me apresentou Racionais MCs e ao mesmo tempo ficava comigo nas noites, cada um numa caixa de som (lembra disso?) ouvindo o Love Songs, da Rádio Cidade e pensando cada um em seus interesses amorosos. kkk

Aprontava que só uma beleza, mas agora, mãe de família, parece que aquietou um pouco. Me lembro até hoje do dia em que eu saía do Macedo, onde estudávamos e me deparei com meia Barra Funda em pé de guerra. Qual foi a minha surpresa quando alguém disse: "Xíí, Denis, não é a tua irmã ali no meio do 'bolo'?". Era. Parece que a Rô tinha mexido com o namorado de uma menina ou ao menos a menina achava, enfim, e veio tirar satisfações.

Por tirar satisfações, na Barra Funda daquela época, entenda-se juntar tudo quanto é moleque que estava no bairro sem fazer nada e espancar alguém.

A Rô foi a escolhida do dia. Fui tentar tirar ela do meio e tomei porrada pra cacete, sem saber de onde elas vinham e sem entender porque estava apanhando.

Ela tomou alguns tapas, mas não aprendeu muito. Anos foram necessários para que tomasse juízo e crescesse. Não vai ficar brava só porque contei, hein? rs

Sou completamente louco por ela! Minha irmã, que eu amo tanto e que me ajudou sempre que precisei.

A segunda a vir foi Rosineide, a Neidinha. Cholocate com pimenta. Um doce, mas brava que só ela.

Passou por maus bocados, mas, forte como é, já está dando a volta por cima. Como ela morou na Bahia comigo, tive mais contato com ela. Me vem à mente agora o dia em que, ensinando ela a andar de bicicleta, 'quebrei' sua clavícula.

Digo 'quebrei', porque foi tudo culpa minha. Não tinha nada que ensiná-la daquele jeito, esperando que ela aprendesse na marra. Tadinha.

E o pior foi volta pra casa (rs). Lembra disso, sis? O medo de apanhar porque tinha levado ela pra rua... Nem me lembro o desfecho da história, mas garanto que ninguém ficou feliz comigo. kkk

Wellington, o Léo, é o mais novo da turma, apesar de hoje ser maior do que eu. Foi quem conviveu mais tempo comigo. Viveu tanto lá que hoje, queimado de sol, é o negão da família rsrs.

Outro que tem história tragicômica comigo, pra variar. Lembra do 'tampão' que abriu embaixo do dedão do seu pé no asfalto?. Me culpa.

Amo todos vocês e serei eternamente grato a Deus pela honra de ser seu irmão.

Vida longa à todos nós!

São Paulo, 20 de Abril de 2009. 11 dias e contando.

Nenhum comentário: