terça-feira, 23 de junho de 2009

LEMBRANÇAS DE UMA VIDA COMUM 15

LEMBRANÇAS DE UMA VIDA COMUM
Ou 'Como acabar com a sua pose de durão em 20 capítulos'.

CAPÍTULO 15: Enxergamos melhor quando abrimos ou quando fechamos os olhos?

Vamos imaginar que existam apenas dois grupos de pessoas no mundo. Não importa a etnia, idade, sexo, cor ou credo. Duas espécies. Chamemo-las por ora de "grandes" e "pequenos".

Os grandes, em maior número, acreditam que são superiores por conta da sua habilidade de conseguir o que querem, quando querem, sem precisar esforçar-se muito para isso.

Cheios de certezas, não percebem o mundo como ele realmente é e sim como creem que deve ser. O que dizem passa a ser verdade, pois todos adoram ouvi-los.

Os pequenos, 'esses fracos', em minoria, são desprovidos desse excesso de confiança, sabem que não podem competir com os grandes, mas não sentem-se inferiores por causa disso.

Há muito tempo eles entenderam que é impossível vencer essa batalha. Por outro lado, sentem-se orgulhosos por ter o que os outros não tem, ainda que não saibam descrever o que é.

A diferença principal entre os dois grupos é que o segundo já percebeu que as coisas que realmente importam não nos salta aos olhos. Acho que agora entendeu o que quero dizer.

Se eu perguntar a vocês qual grupo é o seu, aposto como a maioria vai dizer que é o segundo e expor uma série de motivos pessoais para isso. Não importa se o que diz é verdade ou não. Quem ou o quê define essas coisas? Você sente, sabe, acabou e pronto.

Somos nós que fazemos a nós mesmos. Algumas pessoas ainda não entenderam a valorizar seus próprios sentimentos e apegam-se as idéias dos outros para sentirem-se parte de um determinado grupo. Conheço muitas pessoas assim.

Ouço o que têm a dizer, mas não pego aquilo como verdade. Não duvido, nem desduvido, apenas não deixo que me digam o que tenho que fazer ou deixar de fazer. Saber o que você é o primeiro passo para a felicidade, creio.

Certo ou errado, tanto faz. Prefiro defender aquilo que penso e sinto a me submeter a dogmas criados por quem não me conhece. Não há nada melhor da vida do que sentir-se seguro da sua postura.

A vida em sociedade nos obriga a conviver com certas coisas, mas você não é obrigado a segui-las. Entenda isso. Viva a sua vida da forma que acha que é correta, respeite seus sentimentos e aprenda, de uma vez por toda, que você é único e não precisa aceitar as verdades dos outros como suas. Deixar-se levar pelo que os outros acreditam é morrer um pouco.

Mantenha-se vivo. Ouça o seu coração e respeite quem o faz. Grande ou pequeno, não importa. Apenas aprenda a dar valor as coisas e as pessoas que te fazem bem.

Mais cedo ou mais tarde você vai entender isso. O que precisa pensar é no que fará até que isso aconteça.

São Paulo, 23 de Abril de 2009. 07 dias e contando.

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